quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Aquela galera que a gente chama de família

Eu não ganhei um carro por ter me formado, nem uma roupa cara, um perfume, um relógio de ouro ou algo desse tipo. No dia da minha formatura eu ganhei um álbum de fotos. Um daqueles álbuns bonitos, com uma capa verde, escrito com letras douradas. Minha mãe me disse que tinha passado a noite toda fazendo e queria que eu lesse naquela hora, eu não li, li agora de pouco. E como tem momentos que a gente precisa colocar pra fora o que está sentindo, aqui estou eu.

O álbum é na verdade uma história. A minha história. Minha mãe colocou fotos desde meus bisavós até hoje. Ela contou como eles se conheceram, contou de como a família dela viveu cercada de amigos e felicidade, falou do vô Nelson e da (linda) da vó Inês. Do lado de cada fotinha ela ia colocando descrições e atrás das fotos ela contava um pedacinho da história. Ela pulou a parte que fala sobre meu pai, tem suas razões para tal. Mas aí ela começou a contar de mim, me descrever com as melhores palavras possíveis desde que eu era um neném  uma criança. Contou de quando eu brincava por aí, saia pela rua, falou do que eu gostava e mais um monte de coisa. Ela conseguiu encontrar fotos de todos os momentos da minha infância, me fez reviver muita coisa, até dos animais de estimação ela lembrou. Os aniversários, as apresentações, as formaturas, os natais. Ela também falou das minhas sobrinhas, colocou fotos delas e conseguiu escrever ali coisas como se fosse eu que estivesse escrevendo. Tudo isso pra chegar ao momento que eu vim pra Bauru, ali ela escreveu tudo o que ela deve ter imaginado de como foi minha vida nesses 4 anos.

E de repente o que era um álbum de fotos virou um lugar de cartinhas. Dela, da minha vó, minha irmã, tios e até das sobrinhas. Todos ali desejando coisas lindas e muito sinceras prum momento único na minha vida. Cada um deles teve um pouquinho de participação para que eu chegasse onde eu estou hoje. E é disso que eu fiquei com vontade de falar. De família.

Algumas vezes eu já falei aqui que não sou o cara mais aberto e mais sincero e que fica falando assim de mim aos quatro ventos. Nem pra minha família eu sou assim. Isso não significa que eu não os ame e não os respeite. Mas esse presente me fez ver o quanto tantas coisas tiveram que acontecer pra eu estar onde eu estou, como cada peça da minha família teve que se encaixar pra eu me tornar o homem que eu me tornei.

A gente briga sim, muito, por tudo, a toda hora, mas são coisas tão banais que logo depois a gente já está se amando de novo. Eu tenho que agradecer a cada dia que passa pela família que eu tenho. Eu cresci num lugar maravilhoso, com gente que me amava e que cuidou de mim em todos os momentos da minha vida, até hoje por sinal. Família é uma dessas coisas da vida da gente que a gente precisa parar e admirar. Sendo ela como for. É família, é base, é criação, é amor, do mais puro e verdadeiro.

Eu me formei e só tenho a agradecer a eles.

Aos meus pais, que apesar dos trancos e barrancos me ensinaram a ser forte desde pequeno, à lutar pelos meus objetivos e a confiar em mim e dar a cara pro mundo bater.
À minha mãe, em especial, que esteve 24 horas ao meu lado durante esses 21 anos, por toda a encheção, a amolação e as palavras, os ensinamentos, a preocupação, a torcida, o amor e por ser um exemplo de mãe, pai e guerreira, diante de qualquer obstáculo, emocional, físico ou qualquer outro.
À minha irmã, a quem eu devo (e pude perceber isso só há pouco tempo) muito do que eu sou. Se eu sou tudo isso, ela é muito mais! Por ser tão amiga, tão parceira, tão exemplo em tudo e ser tão humana, tão carinhosa e, principalmente, tão verdadeira.
Aos meus avós que me mostraram que um coração pode ter sim o tamanho do mundo e abrigar quem quer que seja. A Dona Inês que está aí firme e forte, por ser a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci na minha vida, por ser amiga, minha maior fã, minha maior protetora e meu maior exemplo a seguir.
Às minhas sobrinhas por me ensinarem que amor é imensurável, sem limites e livre de todas as amarras.
Aos meus tios e primos por toda a cumplicidade.
E principalmente a Deus, por me dar a honra de viver ao lado deles.

Daqui pra frente sabe-se lá qual vai ser meu caminho e o que está reservado pra mim. Mas eu sei que eu estou pronto para o que vier. Atrás de mim tem uma rocha enorme pra impulsionar cada vez mais longe, me proteger caso eu caia e me impedir de desistir.

MUITO OBRIGADO por me amarem como eu sou e por estarem comigo sempre.

EU AMO VOCÊS!

2 comentários:

  1. Lindo! Sucesso pra ti, Ovolino.
    Lov you.
    Salsinha.

    ResponderExcluir
  2. vc ja escreveu faz tanto tempo e eu me emociono toda vez q leio, seja feliz amo mto vc!

    ResponderExcluir