quinta-feira, 16 de setembro de 2010

My Toy Story

Para ler ouvindo: Beautiful

Hoje foi um dia atipico pra mim. Nõ sei porque mas acordei diferente. Fiquei meio away o dia todo, meio carente, querendo abraço, meio querendo ficar sozinho... acordei naqueles dias que nem você se entende. Fui embora d trabalho, não fui na aula e fiquei no quarto o tempo todo. Até que tive a brilhante idéia de assistir Toy Story 3. 
Foi até bom que vi sozinho, tava precisando chorar um pouco. Um pouco não, chorei igual criança. Desculpa se alguém não viu o filme... eu vou tentar não dar detalhes...

O filme não se parece nem um pouco com aqueles filmes bobos da disney. Aliás, nenhum deles da saga Toy Story se parece. Eles fizeram parte da minha e da infância de muita gente da minha idade. O 3 só veio fechar com chave de ouro essa trilogia. Épica eu diria. Eu nunca esperava ver numa animação tanta ação, reviravoltas, tentativas de fuga, de resgate, traições, vilões que realmente são vilões e tudo o que um filme que ganha o Oscar tem. Olhar todos aqueles brinquedos vivendo, lutando e correndo atrás de seus objetivos chega a ser esimulante. Eles representam muitas personalidades das pessoas. A cowgirl corajosa, a menininha  arretada, o casal apaixonado, os parceiros, os brincalhões e o amigo de toda hora. E é exatamente por esse personagem que eu resolvi escrever. O filme inteiro é sensacional, muito bem feito, pensado e produzido, mas escolhi 3 cenas especiais para escrever.

A começar pela cena em que o Woddy sai para salvar os outros que iriam para o sotão. Ele desistiu de uma vida tranquila porque ele fazia parte de uma familia. Desistir de tudo o que a gente tem por algo não é nada fácil. Parece que desistir por alguém chega a ser mais dificil ainda. E o medo de rejeição? De ser abandonado mais pra frente? Eu consigo imaginar a dor daqueles bonecos naquele momento. Uma vida toda ao lado de alguém e de repente se separar. Sem mais nem menos. De uma hora pra outra.

A segunda cena é a hora em que eles são traidos pelo urso, comandante da creche e caem no incinerador. Depois de lutar tanto, passar por tanta coisa, quase morrer várias vezes, eles chegam ao fim. Tentar sair dali é impossível. O olhar que o Buzz dá para Jesse é um dos mais fortes que eu já vi. É um olhar de aceitação. Aceitar e entender que ali é o máximo que eles poderiam ir. Dali não tem mais pra onde. Quando eles seguram nas mãos uns dos outros e aceitam o fim deles, a destruição, a morte... ai eu comecei a chorar. Será que eu vou saber quando eu cheguei no meu limite? E chegar no limite é saber que você deu tudo de si. É entender que não existem mais forças pra mais nenhum passo. É de novo aquela história do saber se eu to usando todas as minhas forças, tudo o que eu tenho, tudo o que eu sou.

E a cena que mais mexeu comigo, é claro, foi a cena final. Desde o momento que a mãe do Andy entra no quarto e começa a chorar. Parece que eu lembrei do dia em que eu sai de casa e vi minha vó chorando no portão. Eu sabia que ela estava muito feliz por mim, mas que parte dela queria tanto que eu ficasse. O nosso destino está tão ligado a despedidas, mas nós nunca estaremos preparados para elas. Quando o Andy chegou na casa da Bonnie e começa a falar de cada brinquedo (e eu já debulhado em lágrimas) é outro momento forte. Ele descreve cada um deles com tanto entusiasmo, com tanta sinceridade, com tanto amor. Parece que ele é aquela criança do primeiro filme. Descrever o Woddy se torna tão dificil para ele como para nós que estamos assistindo. Parece que ele está se despedindo de nós também. O final não podia ser diferente, não podia ter sido melhor.

Eu vejo o filme e começo a pensar nos meus amigos. Nas pessoas que vivem ao meu redor. Aquelas que passaram por mim, as que vão passar... se eu puder aproveitar cada uma delas o máximo que eu conseguir já estará de bom tamanho. Eu quero viver cada parte da  minha vida como se fosse a única. Meu passado, meu presente e meu futuro definem quem eu sou.

E eu vou me despedindo agradecendo a quem teve a brilhante idéia de escrever Toy Story e deixando umas fotos e legendas, e lógico, uma música para finalizar:  It's Your Life

Do Meu Passado

que me fez chegar onde estou

 que me fez ser quem eu sou

que me inspira

que me orgulha

que faz meu coração bater mais forte

 que dá saudade

Do Meu Presente

que eu vivo cada dia

que estão no coração

que eu simplismente amo

que são partes de mim

Do Meu futuro

incerto e incoerente

3 comentários:

  1. Sou do atípico tipo de pessoa que só de imaginar o choro já começa a chorar, não assisti ao filme ainda mas chorei com seu post, na verdade já havia chorado no trailer só de imaginar como é triste a dor da perda e do abandono e como alguém é capaz de se desfazer repentinamente, quase que se dispindo, de seu passado.
    Você consegue notar o quão puro e singular é conseguir comparar a própria vida com uma animação? Tendo em vista que os filmes de hoje são tão exagerados, fictícios, melosos ou exurbitantemente mentirosos?
    Tou Story é para nossa geração o que a saga Crepusculo é para os adolescentes de hoje, mas veja toda a diferença, hoje os filmes são produzidos em massa, rapidamente, não há o anseio, a espera, expectativa e tudo o mais... mas que diferença heim?!
    Sempre achei que as pessoas nascem na época certa a elas, mas nunca consegui entende o porque deu estar nessa e não no século passado com todo seu glamour, sofisticação e cavalheirismo; hoje lendo seu post talves eu tenha compreendido um pouco disso tudo: eu não teria os amigos que tenho hoje, seria apenas mais uma pessoa vivendo sem liberdade, sem democracia e sem direito a tantos erros... é, acho que nasci sim, na época certa. E você também, não é mesmo?

    Eu também, simplesmente, amo você!

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  2. Não, não sou daquelas que chora. Aliás, minha mãe jura ate hj que nasci sem glândulas lacrimais.
    Mas ver o último Toy Story foi sentir todas aquelas emoções, foi ver nas cenas partes da minha vida. Foi lembrar do meus brinquedos com carinho! E que sorte a minha! Meu padrastro fez um armário tão grande que guardei a maioria dos meus brinquedos! Inanimados? Jamais!
    E a cena que vc descreveu que o fez lembrar da sua avó me fez lembrar da minha mãe. Eu consigo vê-la, no meio da rua larga de paralelepípedos, num dia de sol, ela acenava pra mim, as lágrimas lhe lavavam o rosto... Eu sinto a exata sensação de perda, de despedida. Como se uma parte de mim ficasse ali, de pé, parada e acenando, dando tchau, deixando-me ir, levando-me dela...
    Toy Story 3 nos fez lembrar um pouco de quando éramos crianças, e de como somos tão pequenos ainda.
    Parabéns!

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  3. esse filme é mesmo demais e vc sempre nos surpreendendo...... bj e agora tem a Lala pra te completar mais ainda ne....

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