quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Atado


Sabe quando você olha para aquela gordurinha do braço e fala: "Amada... porque você não morre?!" Eu vou começar a amar até ela.

Pra quem não sabe, o coitado do autor desta humilde página virtual de escritos esquizofrénicos e sem sentido está debilitado fisicamente. Sim, papai do céu é desses que me zoa. O fim de semana do post abaixo me deixou marcas físicas. O braço esquerdo e a perna direita estão enfaixados, to andando de muletas e precisando de ajudas (mande sua contrbuição para 0800 710 015).

Mas vim aqui hoje para me solidarizar com todas as pessoas que, por um tempo determinado ou indeterminado tem partes de dua naturalidade cortada. Deficientes físicos ou alguém que simplismente se machuca e precisa se adaptar a um novo estilo de vida.
Nunca pensei que fosse tão dificil andar de muletas. Tudo fica mais longe, mais cansativo, mais dificil. Para falar a verdade eu senti como se eu não fosse capaz de fazer nada. Como se parte de mim tivesse sido cortada. Andar, pegar coisas, ver ou falar são coisas mais do que naturais para qualquer ser humano. Hoje eu vejo o quanto deve ser dificil a vida de cadeirantes, cegos e pessoas que nascem com deficiencias. 
Eu não vim criticar os governos por não facilitarem a vida deles, ou mesmo xingar as associações que se dizem ajudá-los, mas tirar o meu chapéu e bater palmas de pé para cada um deles que tem que se adaptar a escada, a ruas esburacadas, lugares sem rampa, sem indicações, sem proteção.
Parece que todos as pessoas funcionam assim, só valorizam algo quando o perdem. Olharei para cada pessoa diferentemente e agradecerei um tanto quanto mais por poder ter todas as minhas funcões biológicas e físicas funcionando perfeitamente.

Pra dizer tchau, deixo uma imagem e um link de um video, os dois envolvem arte, é lógico. A imagem é de um grupo de dança que tem a participação de cadeirantes. E o vídeo é uma apresentação de uma cantora que eu adoro, Charice, e de uma convidada, Lisa Smith, que é surda/muda, a música que a Lisa participa começa mais ou menos aos 4 minutos do vídeo - Charice e Lisa Smith - As duas me chamam muito a atenção, mas o vídeo me fez ficar muito pensativo quando vi a primeira vez.



"O risco permanece, pois o erro é a parte viva do acerto: abre para o que pode vir a ser. A mudança, é indivisível, o tempo - duração - é indefinidamente indivisível"

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