Não há mais o brilho remanescente do sol.
A luz do farol começou a piscar dias atrás, talvez seja a bateria acabando, talvez seja o mestre do farol que cochilou.
Como saber as resposta desse pequeno banquinho que a gente fica sentado.
Sentado dentro de si mesmo. Perdido em meio a tantos pensamentos e besteiras.
Quando um novo barco se aproxima são muitas as cranças qu vem olhar. Curiosas como eu, o brilho no olhar delas é o farol do capitão. O brilho do meu sorriso talvez tenha sido um farol, minhas palavras podem ter sido a chama das estrelas, não são mais?
Pra saber, tenho que levantar, talvez sair desse porto, ir pra estação de trem.
As vezes a velocidade que as coisas acontecem lá podem ajudar a esquecer ou tentar ver passar mais rápido.
Dizem que a dor é menor se for rápida não?
Quando as linhas do trem encontrarem a imensidão do oceano, esse talvez possa ser o momento certo.
Um destino imaginário.
Uma nova vida começando, onde os trens andam sobre águas, onde meu pequeno banco caiba no meu bolso. E só sirva pra sentar e admirar a beleza dos golfinhos conversando com tartarugas marinhas.
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